"Faz-me rir o que pensas tolinho. Sem política eu não estaria aqui..." (Canta a dondoca da Globo)

“Faz-me rir o que pensas tolinho. Sem política eu não estaria aqui…” (Canta a dondoca da Globo)

Esta é uma pergunta que muitos brasileiros se fazem. Considerando que a classe política de nosso país é a maior vergonha que o Mundo já viu nestes dois últimos séculos, onde nenhum país jamais nem mesmo se aproximou da desfaçatez dos que se entronizam para sempre no Poder Brasileiro, tenho ouvido jovens questionando a necessidade da Política em nossas vidas. Argumentos contra a Política nos vêm às carradas através dos que gentilmente chamamos de “maus políticos”, eufemismo que esconde a vontade de gritar BANDIDOS POLÍTICOS. Tomemos, por exemplo, a notícia que é veiculada na Folha de São Paulo, hoje, 29/10/2013: Para garantir a aprovação do reajuste do IPTU, interlocutores do prefeito Fernando Haddad (PT) negociam com partidos da base mais espaço político na administração. Insatisfeitos, vereadores do PSD e do PMDB estão entre os que exigem contrapartida. Eles pleiteiam cargos em subprefeituras e secretarias”.

"Sou Rei! Sou rei! Sou rei!"

“Sou Rei! Sou rei! Sou rei!”

E qual é o brutal percentual de aumento desejado pelo Prefeito Todo Poderoso? Os paulistas sabem muito bem: 30% para os imóveis residenciais e 45% para os comerciais. Ele não considera que NINGUÉM no país teve aumento em tão grande percentual nos seus salários (é claro que aqui não levo em conta os investidores. Estes, são uma classe privilegiada à parte e são a minoria tirânica). Também não considera que o comerciante comum, os “pé-de-chinelo” quando comparados a mega-empresários, como o Eike Batista, nem de longe auferem lucro suficiente para arcar com a pesada mão da Ganância Estatal. Houve grita dos paulistanos? Sim, houve. Até a Justiça do Estado se pronunciou contrária ao absurdo, o que fez o Haddad, contrariadíssimo, recuar em sua gula desmesurada. Desceu sua pretensão para “modestos” 20% para imóveis residenciais; e de 45% para 35%, nos imóveis comerciais (e como isto provocou cólicas “menstruais” no prefeitinho gulosão, gente).

Mas ainda assim, todo paulistano que se preza continua a espernear (nunca o brasileiro classe média e daí pra baixo fez tanto uso do “jus sperniandis” reconhecido pelo Ministro Joaquim Barbosa). Bom, mas o Perfeitinho da gangue dos “Daqui-Não-Saio, Daqui-Ninguém-me-Tira” conta com os corruptos de plantão na Casa Legislativa de São Paulo. Ainda que afrontando tudo o que é Constitucional, os Vereadores do PMDB e do PSD impõem negociata descarada: ou o Prefeito lhes concede cargos em sub-prefeituras e secretarias, para “acoitar” os eternos afilhados dependentes de seus partidos, ou eles votam a favor dos Zé Nings desfiliados partidários”. É simples assim. O famoso dá-cá-toma-lá da eterna POLITITICA NACIONAL BRASILEIRA.

E é aí que os jovens perdidos no tempo-espaço brasileiro se perguntam: pode-se viver sem política?

E eu lhes respondo: NÃO. E eles se assustam e me perguntam: Por que não?

"Nós, judeuzinhos burrinhos, instituímos o sacramento do matrimônio, onde a mulher é escrava do homem e este pode prevaricar à vontade. Nada de abolir nossa  belíssima criação!"

“Nós, judeuzinhos espertinhos, instituímos o sacramento do matrimônio, onde a mulher é escrava do homem e este pode prevaricar à vontade. Nada de abolir nossa belíssima criação!”

E eu explico. Quando um homem e uma mulher decidem fazer a besteira de se juntar para criar uma família, esta coisa arcaica que já devia estar extinta antes mesmo de começar, pois, talvez assim, não tivéssemos chegado à estupidez onde chegamos, dão início à construção das cinco bases que servem de eternas alegações políticas para manter os tolos no cabresto e os espertos nos cargos públicos. Estas cinco bases são:

a) INFRA-ESTRUTURA: o casal batalha dura e corajosamente para adquirir uma casa. Depois, batalha ferozmente para mobiliar a casa com o máximo de conforto que seus parcos recursos (quando comparados àqueles de um Eike Batista ou um Lula da Silva) lhes propiciam. Aí, então, vêm os filhos. O casal trata de lhes proporcionar a melhor infra-estrutura que suas condições financeiras lhes proporciona: bercinho novo; roupa de cama novíssima, maciíssimas e cheirosíssimas; travesseirinho especial; fraldinhas que evitam assaduras etc…; o moleque recém-chegado encontra uma infra-estrutura maravilhosa e se entrega ao gozo extremo de comer, mijar, defecar e dormir, além do prazer maquiavélico de surripiar a tão desesperadamente esperada noite de descanso dos desgraçados pais com berros tenóricos ou soprânicos devido a cólicas. Maravilha…

b) SAÚDE: Os pais, sempre pressurosos e cuidadosos com suas crias, tratam de lhes garantir o melhor pediatra e os melhores hospitais. Vacinação é rigorosa e garantida. E se alguma ameaça de doença ronda os pirralhos, eles logo correm ao médico e, quando necessário, apelam para o que houver de melhor em matéria de hospital ou clínica, a fim de evitar doenças e perigo de morte para seus pimpolhos. Os pestinhas só têm que se entregar ao exercício-mór de seu sadismo em desenvolvimento: berrar com quanto pulmão tenha, exigindo que os desesperados e aflitos pais consigam devolver-lhes o paraíso do estado de “cagança”, “mijança”, “comelança” e “dorminhança”, do qual não querem abrir mão em momento algum. Pobrezinhos… Este estado paradisíaco logo, logo, lhes será retirado…

c) EDUCAÇÃO: Assim que os pestinhas alcançam idade de ir pra “Creche da Tia”, os pais, pressurosos, se desesperam atrás do que de melhor suas parcas posses lhes possam garantir. Os mais remediados buscam as particulares. Os mais Zé Ning ficam com as públicas, mesmo, onde seus rebentos já começam a aprender que não prestam pra nada e onde são iniciados na violência do quotidiano. Mas isto é outra história…

d) TRANSPORTE: Desde quando os rebentos começam adar seus primeiros vagidos que os pais tratam de conseguir o melhor em transporte coletivo para a família. Os que podem (e, graças ao PT, hoje são maioria, para desespero das cidades que estão entrando para a CTI com suas artérias,as ruas,entupidas de metal reluzente) tratam logo de comprar o Mil da família. E este transportezinho é a salvação da lavoura. Os fedelhos fazem a festa, tanto na hora de ir para a escola quanto na hora de ir para o lazer. Tudo é maravilhoso. Papai ou mamãe entra no “milzinho” com ou sem ar refrigerado, ou no Hondão, com tudo de bão, e lá se vão para o destino, sem se preocupar com gasolina, passagem, pedestres descuidados, motociclistas aloprados e outros motoristas estressados. Tudo é maravilhoso!

e) SEGURANÇA: zelosos com suas crias e ciosos com sua integridade, os pais fazem o que podem para que a destrutividade agressiva da Sociedade de Zumbis Assassinos não atinja sua prole. Em casa, colocam alarmas em todos os cômodos, até no vaso sanitário. No “milzinho” também fazem isto e tomam todas as providências para que os coitadinhos cresçam iludidos com a impressão de que o mundo aonde estão  adentrando é realmente um paraíso…

Como vocês podem ver, seus retardados, nem de longe vocês podem viver sem o vício da Política em suas vidas. Mas este vício bem que podia ser mais agradável e justo, se alguns de vocês, os piores, diga-se de passagem, não fossem destrambelhados gulosos e não corressem na frente para tomar o Poder e, entronizado nele, buscar reeditar os saudosos tempos do feudalismo medieval. Mas são estes que propiciam a válvula de escape para outros retardados, que, ainda que tenham crescido, sonham em manter o arcaico e já ultrapassado estado paradisíaco da “cagança”, da “mijança”, da “comelança” e da “dorminhança” em lugar do terrível estado de “trabalhança”que tudo atrapalha para as mentes rebeldes que se recusam a crescer. E são eles que se engajam rapidinho nos blocos dos famigerados”black blocs” que agem como “cabra-cega”, ajudando mais que atrapalhando os entronados no Poder.

Pense bem nisto e tente mudar sua posição em relação à Política. Combata furiosamente, assassinamente e cruelmente a POLITITICA, mas não lute contra “moinhos de vento”. A Política é Moinho de Vento. Aprenda a tirar dela o  melhor proveito.

Boa sorte.