Não eu, mas segundo os sisudos Phd’s em Paleontologia, em História e em Geologia, desde que a Luz do Conhecimento começou a colorir de rosa desmaiado a madrugada do alvorecer da inteligência humana, um suposto projeto complexo produto da Natureza Natural, chamado por eles de Aegyptopithecus (porque teria surgido nas antiguíssimas terras que viriam a ser o Egito dos Faraós) tornou-se a bola da vez no quesito Origem do Homem na Terra. Ele desbancou o Neandertal e o Cro-magnon e se tornou o brilhante elo de ligação entre nós, desta atualidade, e nosso passado longínquo…

A nova suposição é que do sujeitinho insignificante denominado de Aegyptopithecus originou-se esta raça de desmiolados autodenominada de Humanos, capaz de gerar maldições bípedes da estatura de um Adolph Hitler, na Alemanha, um Fidel Castro, em Cuba e Hugo Chavez, entre outros na América Latina.  E tudo isto aconteceu em míseros 30.000.000 de anos terrestres…

Que miopia arrepiante a dos cognominados Doutores do Conhecimento.

O Aegyptopithecus teria surgido na Terra, supostamente, pois nada comprova esta assertiva, há trinta milhões de anos (???), tempo estimado por pesquisadores sancionados como Doutores em Universidades famosas no mundo todo, embasados em fragilíssimas pistas geológicas e tecnológicas, que mais estimulam a fantasia do que dão a certeza.

Antes, porém, que aquele projeto de futuro ser humano ter dado seus primeiros saltinhos sobre o solo deste planeta para avançar na tremenda e escorregadia senda da Aprendizagem que supostamente o levou ao Conhecimento, os pesquisadores modernos já tiveram em mãos outros projetos do inominado aos quais descartaram por terem descoberto outro mais sólido e melhor para confirmar o que supõem. Por aqui você verá que as perguntas “Quem somos? De onde viemos? Por que estamos aqui? Para onde vamos?” são poderosas, inarredáveis de nossas mentes e motivam muitos de nós a estudar com afinco e a nos atirarmos tenazmente à procura da raiz de onde todos viemos.

E esta impulsão em busca da resposta a essas inquietantes perguntas está em seu inconsciente profundo, meu caro ou minha cara leitor(a). É a este impulso inconsciente ou semiconsciente que devemos todos um quantum de ansiedade que incomoda, ora de modo gritante, ora de modo sub-reptício. Mas ela está em cada um de nós, sempre.

Uns, dentre os que buscam nossas origens, são céticos e antolhados por dever Universitário. Outros, ousados e desembaraçados da miopia dos religiosos e de muros universitários, buscam com teimosia e rebeldia instrucional. Estou entre estes últimos.

Os dramas de nossas vidas nos forçam a buscar respostas para eles e estas respostas não estão no apegar-se às parábolas bíblicas ao pé da letra nem apegar-se às supostas verdades universitárias. Agir assim é como se a pessoa fosse um cego que tenta se segurar numa corda sobre um abismo sem poder ver que ela não está amarrada em nada, mas apenas esticada sobre ele…

Você, que sente premente necessidade de autoajudar-se, quiçá esteja tentando segurar nesta corda imaginária…

A Bíblia contém as verdades mais profundas sobre nós, sobre uma parte significativa de nossa História, mas não contém tudo.

O Esoterismo, a Teosofia, o Ocultismo, a Magia Elemental, O Tarô, a Numerologia e a Filosofia Escolástica e tradicional além de muitos outros caminhos culturais se estendem diante de todos; e é preciso buscar entre estes caminhos, o melhor para o que sentimos que necessitamos. E o que cada caminho contém exige uma gama de conhecimentos que podem levar ao desvelamento do que na Bíblia está resumido em forma de parábolas complexas e jamais reveladas.

Sentir “os pés no chão” sempre foi crucial para a paz interior de todo ser humano, e você, que me lê, não é exceção. E saber quem se é para se ser aceito pelo grupo dos bípedes humanos é o primeiro degrau para a satisfação de nossas avoengas[1] necessidades deproteçãoeaceitação.

Bom, vamos lá. Aegyptopithecus teria sido o princípio da existência humana na Terra, conforme supõem atualmente os doutos que não ousam a liberdade de ir além dos vetustos[2] muros de uma Faculdade. E isto porque as Faculdades têm um sistema pré-elaborado de ensino e os alunos devem seguir este sistema sem grandes margens para divergências e tergiversações[3]. A uniformização do Pensamento Humano é, ao mesmo tempo, aquisição de conhecimento geral e causa do empobrecimento do Conhecimento do homem sobre si mesmo.

Além disto, as Faculdades exigem, dos que pretendem ser cognominados Doutores, que inicialmente trabalhem com um doutor buscando meios e justificativas para validar a Teoria dele. Posteriormente, já “doutorado”, criem uma teoria e busquem sua comprovação ou negação. Com isto estimulam a imaginação do pesquisador que tem de apresentar sua tese original e diferente da de outros que já passaram por aquele caminho, sem, contudo, sair do caminho estreito tido e havido como o único possível.

Como a origem da raça humana não deve basear-se em pesquisas ditas “Ocultistas” nem naquelas “Teosóficas”, mas sim em “dados concretos, objetivos e aceitos pela Comunidade Científica Materialista com provas no mínimo palpáveis”, a criatividade dos que lutam pelo canudo fica acesa. Então, eles trilham o mesmo caminho de outros, apenas seguindo uma pista “nova” ou trabalhando em uma nova teoria que altera o status quo do que já está sedimentado como verdade e cujas premissas são aceitas nas Faculdades porque apresentam supostas provas possivelmente sólidas.

No caso de nossa origem, fósseis de supostos milhões de anos de existência ou somente algumas dezenas de séculos. Mas não é nos restringindo a somente este Planeta a que chamamos Terra que vamos encontrar a raiz de nossas origens. Há muito mais, mas muito mais mesmo na História da Raça Humana em sua Evolução. E provavelmente você e eu e todos os seres ditos “humanos” estamos nessa mole que rola pelo espaço ao redor do Sol há quatrilhões de anos porque fomos reprovados nas seleções pretéritas, que libertaram da dor e das lágrimas os que ainda estão no caminho estreito e cheio de espinhos…

Talvez o Homem de Nazaré ou o Cristo Cósmico, tenha sido um dos felizardos que saíram da Roda do Samsara em um Planeta anterior a este a que chamamos Terra.

Mas vamos chegar lá…

Carl Gustav Jung esteve anos entre os budhistas himalaios e aprendeu muito com eles. Foi a partir de sua aprendizagem que criou seu estilo de tratamento psicológico, o qual eu admiro profundamente.

Sigmund Freud também deu seus voos por aquelas paragens e foi também influenciado pelo que aprendeu entre os Monges que criou sua teoria psicológica.

Mas ambos estes gigantes da Psicanálise não invalidam as teorias criadas por outros pesquisadores que se centraram no eixo estímulo-resposta. Ou nos que se centraram no cognitivismo ou no comportamentalismo ou, ainda, no gestaltismo. Somos, enquanto seres humanos, polivalentes e, por isto, somos campo vasto para todas estas “linhas” de pesquisa e muito mais até.

É bom que você, leitor(a), se recorde deste mundo geralmente não percebido pelo cidadão ou cidadã comum. Afinal de contas, conforme nos ensina o Bel-Beu budhista, tudo está ligado a tudo.

Não estranhe que eu adentre assuntos que, de imediato, não lhe parecem trazer grande ajuda a você. Mas é que aprendi que a ignorância sobre assuntos que dizem respeito diretamente ao nosso ser-no-mundo nos lança para fora do caminho estreito e espinhoso que outros percorrem trincando os dentes e em silêncio.


[1] Avoenga – quem vem dos tempos pregressos; dos tempos de nossos avós.

[2] Vetusto – velho; estragado; ultrapassado.

[3] Tergiversar – Voltar as costas a;  inventar desculpas; criar pretextos; hesitar; escapar de algo determinante, mas não aceito etc…