AMOR COM ÓDIO. ISTO É POSSÍVEL?

Felício, quando se atrapalhava, vinha até mim buscar ajuda.

Padre Felício veio buscar-me cedo, mas recusou-se a me dizer aonde íamos. Segui-o com uma postura zen, ou seja: sem expectativas, sem antecipações psíquicas no campo especulativo da imaginação. A prática das Artes Marciais me ensinou isto: não antecipar fantasiosamente os acontecimentos a fim de não desperdiçar a energia emocional. Perturbando o equilíbrio de nosso corpo emocional só obtemos como conseqüência (1) descargas hormonais desnecessárias que, por não terem uso prático e objetivo, acumulam-se nas articulações e nos órgãos internos (o “chi” podre, dos chineses), ensejando oportunidade para a manifestação de doenças perfeitamente dispensáveis, desnecessárias. Se as pessoas soubessem disto, provavelmente metade da população que se arrasta pelos corredores dos hospitais buscando meios de remendar o corpo por ela mesma agredido, ali não estaria, com toda a certeza. (1) não retiro o trema das palavras em meus escritos, em que pese uma lei idiota que esculhamba com nosso idioma. Isto não é erro ortográfico, como observou um leitor; é teimosia mesmo; é defesa da mais bela língua do mundo.